Após meses de intensas disputas comerciais, Estados Unidos e China anunciaram nessa segunda, dia 12, uma trégua que representa um passo importante rumo à estabilização das relações entre as duas maiores economias do mundo. O encontro, realizado em Genebra no início de maio, resultou em um acordo provisório para redução de tarifas bilaterais, com impacto direto nas operações de comércio exterior. Pelo acordo, os Estados Unidos se comprometeram a reduzir tarifas de 145% para 30% sobre produtos chineses, enquanto a China fará cortes de 125% para 10% sobre itens americanos.

Reações imediatas e impactos no comércio global 

O anúncio do acordo gerou reações imediatas no mercado internacional. Empresas intensificaram o volume de importações e exportações para aproveitar o período de alívio tarifário. As reservas de frete entre China e EUA aumentaram 35% em apenas um dia, demonstrando o efeito direto da medida nas cadeias logísticas.

O impacto também já é sentido nos modais logísticos:

• Modal marítimo: Portos como Xangai, Shenzhen e Long Beach registraram um aumento expressivo no volume de contêineres, exigindo reorganização nas janelas de atracação e maior eficiência nas operações portuárias.
• Transporte aéreo: Empresas de carga relataram elevação nos preços do frete expresso e crescimento na demanda por soluções de embarque com prazos reduzidos, principalmente para produtos eletrônicos e peças industriais.

Os mercados financeiros reagiram com otimismo: os índices Nasdaq, S&P 500 e Dow Jones registraram altas consistentes, refletindo a expectativa de uma possível reestruturação duradoura as relações comerciais entre Washington e Pequim. Setores como tecnologia, automotivo, agrícola e de commodities estiveram entre os mais valorizados.

Oportunidades para o Brasil no novo cenário

Para o Brasil, esse momento representa uma oportunidade estratégica. Com o afrouxamento tarifário entre EUA e China, o país pode explorar novas demandas e rotas comerciais. Empresas brasileiras, especialmente nos setores do agronegócio, insumos industriais, eletrônicos e commodities, podem se posicionar como fornecedores alternativos ou aproveitar o aumento do fluxo de mercadorias para inserir seus produtos nas cadeias globais de valor.

Além disso, esse período de trégua favorece negociações mais competitivas e diversificadas, permitindo que exportadores e importadores brasileiros reposicionem suas estratégias.

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Fontes: Associated Press (AP News) – “China, US agree to tariff reductions in Geneva talks”, Flexport